Stevia (Fumaria officinalis)
Da família das Compositae, também conhecida como folha doce. Planta herbácea muito ramificado., de 40cm a 1,2m de altura. Folhas sésseis de 3 a 4cm de comprimento oblongo lanceoladas ou espatuladas, inteiras na base e serreadas do meio para a ponta. A página superior é glandular pubescente. Os ramos são pubescentes nas extremidades e lenhosos: Inflorescência com capítulos de 5 flores brancas. O fruto semente é um aquênio de coloração escura. Exige temperaturas até 23° C e altitudes entre 1000 e 1500m, Reprodução por estaquia, anualmente a parte aérea seca, restando a parte subterrânea que rebrota.
Partes utilizadas
Folhas secas.
Indicações
Coadjuvante no tratamento de diabetes e obesidade, anticárie, estimulante das funções cerebrais, contra fadiga e depressão, regulador da pressão arterial dos hipertensos.
Substituto do açúcar doce e com ação hipoglicêmica, esta erva é um remédio importante na fase inicial da diabetes. Também pode ajudar a prevenir cáries dentárias, a perder peso e a melhorar a resistência imunitária a candidíases. Tome sozinha em tisana ou use em vez do açúcar.
Uso pediátrico: As mesmas indicações possíveis.
Uso na gestação e na amamentação: Planta segura nas doses terapêuticas.
Princípios ativos
Glicosídeos diterpenícos: estevosideo A, B e E, steviol, dulcosídeo A e B. Óleos essenciais: álcool benzílico, abergamoteno, bisaboleno, bomeol, f)-ouboneno, ae 7- Cadineno, calacoreno, clameneno, canacro ( flavonoides Principais componentes: acetato de J-amirina, anetol , apigenina-4-0-r3-D- glicosídeo, austroinulina e derivados 6 e 7 acetílicos, centaureidina, cosmosiina, daucosterol, edulcorantes esteviosídeos: esteviosideo. dulcosídeo e esteviobiosídeo; rebaudiosina, dulcosina, quercetina, esteviolbiosina, esterbinas A,B,C,D,E,F,G e H: rebaudiosideoA. B, C, D e E; O extrato das tahas tem 81 % de rebaudiosídeoe 0,6% de rebaudosídeo C.
Contraindicações | Cuidados
Discreta diminuição da pressão arterial e bradicardia foi documentada em indivíduos saudáveis após o uso do infuso durante 30 dias (Kingdom, 1985). A administração de stevosídeo intravenoso em cobaias causou natriuremia. Esse efeito e parcialmente dependente de prostaglandinas (Melis & Saninati, 1991). Outros estudos apontaram caliuremia em animais (Mauri, 1996).
Farmacologia
A estévia é um adoçante potente. Os glicosídeos stevodideo e steviol afetam várias funções mitocondriais. Seu efeito hipoglicêmico, ainda questionado, é devido à inibição da osídio glicogênese (Cury e col., 1986), Os estudos sobre o efeito sobre a glicose sanguínea em humanos ainda são inconclusivos:
Tem efeito anti-hipertensivo; Estudos em animais mostram redução efetiva na fertilidade e sobre a diurese, mas os estudos em humanos são escassos. Também foi testada como antiespasmódica, antibiótica e coadjuvante nas cirurgias venosas: O uso da planta como adoçante não calórico é baseado nos seus componentes glicosídicos diterpênicos, o rebaudiosídeo é mais doce que o estevosídeo (Tanaka, 1997; Ishitakawa e col" 1991; Yamamato e col., 1995: Planas & Kuc, 1968): O stevosídeo é composto por 3 moléculas de glicose e 1 álcool carboxilico diterpênico (aglicona) ligeiras modificações nestes glicosideos podem produzir sabor amargo (Tanaka, 1997; Kinghorn e col., 1997): O estevosídeo é 300 vezes mais doce que uma solução de sacarose a 0,40, 150 vezes mais doce que uma solução de sacarose a 4% e 100 vezes mais doce que a mesma solução a 10% (Lung & Foster, 1996), Comparada com outras plantas adoçantes também se mostrou superior: O stevosídeo isolado causou bradicardia e hipotensão em cobaias e humanos. (Melis, 1996): Sua ação sobre a pressão arterial e função renal é semelhante à de um antagonista do cálcio como o verapamil (melis, 1996 e Melis & Sainat;, 1991).
Em estudos com animais o estevosídeo tanto liberou glicose quanto aumentou a excreção de sal e o fluxo de urina (medidos pela taxa de filtragem glomerular) causando a queda da pressão sanguínea; O infuso de estévia reduz a fertilidade em fêmeas de ratos em 65%, mas não afeta a gravidez ou a formação do feto (Suttajte col., 1993), Há muitos estudos sobre este efeito, alguns mostrando que esta ação perdura 50 a 60 dias após a suspensão do uso; outros provando que os efeitos contraceptivos não são devidos a mudanças no ciclo cromossômico (Planas & Kuc, 1968 e Schwartzman e col., 1977). Pesquisas científicas: Diabetes: O extrato de estévia levou a mudanças significativas na glicose, insulina e eletrólitos em um estudo duplo-cego em 60 voluntários saudáveis.
Os testes foram realizados tanto na fase anabólica quanto catabólica Os resultados obtidos estiveram dentro dos limites fisiológicos, (Boeckh-Haebisch, 1992), Hipertensão: A estévía reduziu significativamente a pressão sistólica e diastólica em pacientes hipertensos em estudos controlados duplo cegos, realizados durante 1 ano, (Chan e col., 2000).
História | Origem | Plantio | Habitat
É usado pela população indígena e ribeirinha dessas regiões há centenas de anos. Tomou-se um sucedâneo dos adoçantes artificiais a partir da década de 70.
Nativa do Paraguai, chegou ao Brasil em meados do século XX e hoje é cultivada no Paraná e Mato Grosso do Sul.
Multiplicação: por sementes ou por estaquia; Cultivo: originária do Paraguai, em altitudes entre 1000m a 1500m e com temperaturas médias de 23o C. Planta-se as mudas em solos arejados, secos e adubados com matéria orgânica, de preferência na primavera. O espaçamento deve ser de 30cm entre plantas e 50cm entre fileiras. O cultivo econômico desta planta já vem sendo feito nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo; Colheita: entre 3 a 5 meses do plantio, colhem-se as folhas que contém glicosídeos. Podem ser secas à sombra para uso posterior.
Nativa do Brasil
Família
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Compositae
Outras informações
Adultos: 1 9 de erva seca (1 colher de chá para cada xícara de água) de folhas secas em infuso 2 vezes ao dia. com intervalos menores que 12h.