Shiitake (Lentinus edodes)
Supostamente dado ao imperador japonês em 199 d. C., o cogumelo shiitake é usado na medicina tradicional há séculos, como remédio tonificante e reconstituinte, muitas vezes em doenças graves e crônicas. Segundo investigações recentes, o extrato de shiitake parece ser um remédio anticancerígeno.
O shiitake (Lentinula edodes) é um cogumelo comestível, a espécie é hoje em dia o segundo cogumelo comestível mais consumido no mundo, incorporado desde há muito nos hábitos alimentares dos povos asiáticos.
Partes utilizadas
Fruto.
Propriedades medicinais
O shiitake é nutritivo, rico em proteínas, contendo em relação à matéria seca 17,5% de proteínas, com nove aminoácidos essenciais.
Tem também importância medicinal, possuindo substâncias com propriedades medicinais para o tratamento e controle de pressão arterial, redução do nível de colesterol, fortalecimento do sistema imunológico, e inibição do desenvolvimento de tumores, vírus e bactérias.
TABELA NUTRICIONA:
Proteínas 1,7g
Gorduras Totais 0,4g
Gorduras Saturadas 0g
Carboidratos 5,2g
Fibras 1,9g
Calorias 26k
Princípios ativos
O shiitake é uma fonte de ácido pantotênico, cobre e selênio; boa fonte de vitamina B6, riboflavina, niacina, zinco e manganês. Ele é muito valorizado por seu conteúdo fitoquímico bioativo, que , de acordo com estudos, podem ajudar a prevenir doenças inflamatórias crônicas.
Indicações : Um estudo realizado em 2010 relatou que o extrato de shiitake pode inibir diversos compostos que favorecem as inflamações. Um estudo revisado concluiu que os compostos conhecidos como betaglucanos, encontrados em altos níveis do shiitake, mostraram atividade anticancerígena. Os autores também notarem que o shiitake pode ser útil na redição do colesterol no sangue e nas dietas para redução de peso.
História | Origem | Plantio | Habitat
O shiitake foi cultivado pela primeira vez durante a dinastia Song, na China, nos anos 90.
Recentemente, foi introduzido para produção e consumo nos países ocidentais. A palavra "shiitake" tem origem no japonês shii (uma árvore parecida com carvalho) e take (cogumelo), no entanto, os caracteres chineses para a palavra fungo traduziram a palavra para cogumelo perfumado.
A primeira referência histórica do consumo de shiitake data de 199 AD. No Brasil começou ser cultivado no início da década de 1990.
Para variedades adaptadas ao clima frio, o produto repousa durante 145 dias em local fechado e climatizado a cerca de 14 °C até o aparecimento dos frutos e sua colheita.
Outras variedades adaptadas ao clima mais quente respondem melhor a uma temperatura de 20 °C e com tempo de repouso entre 70 a 90 dias. Este processo também é conhecido como cultivo axênico. O shiitake pode ser conservado por 10 a 15 dias em refrigerador (4 °C). Geralmente, são embalados em bandejas de isopor (200g), recobertos por filme de PVC, ou em pequenas caixas de papelão.
O shiitake pode ser preparado em sopas, molhos, saladas e até empanado. Pode ser preparado de modo parecido a da carne.
O shiitake é produzido em compostos orgânicos à base de serragem, farelo de arroz e/ou trigo e/ou soja, previamente hidratada e corrigida do ponto de vista do pH.
Outras informações
Investigações japonesas, recomendam doses altas de extracto de shiitake para o tratamento do câncer, usando-se um tratamento prolongado com doses menores para reforçar a atividade imunológica. Enquanto agente anticancerígeno, o shiitake parece ser mais eficaz quando tomado com a quimioterapia, sendo que o extrato estimula a morte programada das células e protege o fígado e o sistema imunológico. O extrato só deve ser tomado por conselho de um médico ou fitoterapeuta com experiência.
Hepatite virai, síndroma da fadiga crônica, candidíase e infecções recorrentes podem beneficiar com a ação positiva do shiitake sobre o sistema imunológico. O shiitake também pode ser tomado para conservar a saúde, sobretudo na terceira idade.