Mirra Arábica (Chenopodium mirrah)
A mirra, uma resina de sabor amargo de origem ancestral, e apreciada há milhares de anos enquanto remédio depurativo e antisséptico. Usada em perfumaria, desinfecta os tecidos com os quais contata.
Planta da família das Chenopodiaceae, também conhecido como mirra arábica, mirra verdadeira e incenso. A mirra é um arbusto ou pequena árvore espinhento de até 3m que cresce na Arábia e no nordeste da África, cujo nome nos é muito conhecido por estar entre os presentes que os Reis Magos levaram a Jesus (ouro, incenso e mirra). Tronco fino, ramoso, nodoso e sub-ramificado. As folhas são escassas, terminais, trifoliadas, com folíolos laterais pequenos dentados na ponta. A resina gomosa exsuda das fissulas ou incisões da casca e goteja em lágrimas amareladas ou amarronzadas. As inflorescências são paniculadas, amarelo-avermelhadas. O fruto é marrom, oval, acuminado, com 7 mm de comprimento. A planta costuma ser oleosa ou apresentar uma espécie de poeira de resina, tem sabor amargo e ácida e muito aromática.
Partes utilizadas
Uma resina que a planta exala quando cortada.
Indicações
Contusões, entorses, torcicolo, nevralgia. Usa-se a tintura em gargarejes e bochechos para aliviar dor de garganta, inflamações da gengiva e ferimentos na boca, na dose de cinco gotas em meio de copo de água. A infusão feita com uma colher de chá da erva e meio litro de água fervente elimina mau hálito e dentes moles, e deve ser tomada na dose de uma colher de chá de quatro a cinco vezes ao dia.
Usado em produtos cosméticos, para a acne, pele envelhecida, desodorante corporal, inflamações da pele e úlceras; Aromaterapia; Óleo para massagens, Repelente de insetos.
Pele, problemas digestivos : Fortemente antisséptica e adstringente e de sabor muito desagradável a mirra é usada em inflamações e infecções da pele e sistema digestivo. É um excelente colutório e gargarejo, tanto sozinha como conjugada com outras ervas, como a salva (Salvia officinalis). A tintura diluída (ou pura) é um precioso remédio de primeiros socorros para limpar e desinfectar cortes, escoriações e feridas; arde quando se aplica, sobretudo a tintura pura.
Colesterol alto : O gugul (Commiphora mukul), outra resina antisséptica c parente da mirra, tem uma acentuada capacidade para reduzir os níveis de colesterol. A investigação apoia o seu uso (em cápsulas ou comprimidos) para este fim.
Modo de usar
Alcoolatura por maceração de 50 g de folhas frescas em 1 litro de álcool, durante 10 dias. Coar e armazenar em vidro escuro. Fazer massagens sobre áreas doloridas do corpo com algodão embebido.
Propriedades medicinais
Aromática, analgésica tópica, estimulante e antisséptica, anti-inflamatório para boca e faringe.
Contraindicações | Cuidados
Uso externo; Diabéticos devem ser acompanhados por profissional competente e ter sua glicemia cuidadosamente monitorada.
A mirra interfere com tratamento para diabetes, devido suas propriedades hipoglioemiantes documentadas.
História | Origem | Plantio | Habitat
Há referências a seu uso no Antigo Testamento. Usada na mumificação, no Egito. Faz parte da Farmacopeia Chinesa e Ayuverdica é mundialmente usada.
Leste do Mediterrâneo, África oriental, Yemen e sul da Arábia.
Família
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Chenopodiaceae
Outras informações
Adultos: A tintura da resina é pincelada diretamente sobre a pele, apenas para uso tópico ou até 10 gotas (5mI) em 200 mI como enxágue para cabelos ou 15 ml em 1 xícara de água morna para coIutório ou gargarejo; Em dentifrício ou pós para uso tópico, 10% de resina pulverizada. Óleo essencial para massagens, aromoterapia ou inalação: 5 gotas; Crianças: Usam de 116 até meia da dose.