Lavanda-Alfazema (Lavandula Officinalis)

  • Apoplexia

A alfazema ou lavanda é uma planta aromática por natureza, usada na indústria cosmética para a confecção de perfumes, sabonetes e colônias. Sendo também um leve calmante, no Brasil se destaca o uso ritual dessa erva em terreiros de umbanda e candomblé.

Planta ornamental e aromática da família das Lamiaceae, conhecida como Lavanda no mundo inteiro, no Brasil é mais conhecida como alfazema, trata-se de é um arbusto de flores azul violetas, com cheiro penetrante e aromático, é facilmente identificada pelo seu aroma fresco e limpo, extremamente agradável. Porém o gênero Lavândula também incluindo outras espécies anuais e os subarbustos.

Arbusto de pequeno porte, que atinge de 30 a 80 centímetros de altura, com caule esgalhado e estirado. As folhas pequenas e sem pecíolo, são duras e finas, opostas, lanceoladas ou lineares, de cor verde e reflexos preteados, recobertas por uma fina penugem. As flores são dispostas em hastes terminais, de coloração azul violeta.

As espécies ornamentais são a Lavândula stoechas, a Lavândula dentata, e a Lavândula multífida.

A alfazema combina beleza e utilidade, um aroma delicado com um ótimo uso terapêutico, e um grau de segurança excepcional. As flores secas e o óleo essencial reanimam os sentidos e merecem integrar a caixa de primeiros socorros. Não admira que a alfazema seja tão popular.

Indicações

Na medicina popular o seu principal uso é contra a ansiedade e depressão. É um ansiolítico leve, usado como calmante e para distúrbios do sono.

Abatimento, abscessos, acne, amenorreia, anúria, apoplexia, artrite, asfixia, asma, atonia dos nervos encéfalo raquidianos, baço, bronquite, catarro, cefalalgia, congestão linfática, contusão, depressão, dermatites, desmaio, dispepsia flatulenta, doença respiratória (asma, bronquite, catarro, gripe), dores reumáticas, eczemas, enjoo, enxaqueca, epilepsia, espasmo, estômago, feridas, fígado, fraqueza cardíaca, gases, gota, gripe, inapetência, limpa/amacia/acalma a pele, insônia, leucorreia, náuseas, nervosismo, neurose cardíaca, paralisia, pediculose, perturbação gástrica, picada de inseto, problemas menstruais, pressão alta, problemas circulatórios, psoríase, queimadura, resfriado, reumatismo, síncopes, sinusite, tensão nervosa e muscular, tinha, tosse, vertigem.

  • Indicações específicas: Apoplexia

Modo de usar

a) infuso ou decocção: - 1%, de 5 a 20 ml/dia; - 2 a 4 g/litro de água; - 8 g da planta/litro d'água ou 1 colher das de sopa de folhas picadas em ½ litro d'água. Tomar 1 xícara das de chá 3 a 4 vezes ao dia; - 10 g ou 2 colheres de folhas secas picadas em ½ litro. Tomar 1 xícara 2 vezes ao dia; - 3 a 5 g da flor seca em uma xícara de água fervente, 3 a 4 vezes ao dia: excitação nervosa, laringite, nevralgias e como diurético;

b) infusão: - colocar em 1 xícara de água fervendo 5 g de flores de alfazema, Deixar por 5 minutos adoça com mel e beber, repetir a dose 4 vezes ao dia; - fazer uma mistura de 30 g de flores de alfazema, 10 g de camomila, 5 g de hipérico, 5 g de lúpulo e 5 g de raízes de valeriana. Colocar 5 g da mistura em uma xícara e verter água fervente. Deixar esfriar e filtrar. Tomar antes de deitar: excitação nervosa; - fazer uma mistura de 20 g de flores de alfazema, 60 g de flores de primavera e 20 g de flores de camomila. Colocar 5 g dessa mistura em uma xícara de água fervente. Deixar esfriar e filtrar. Beber em seguida. Repetir a dose duas ou três vezes ao dia: nevralgias;

c) decocção: 60 g de flores de alfazema em 1 litro de água, por 2 minutos, filtrar e beber de 4 a 6 xícaras por dia: asma;

d) alcoolatura: 10 g em 2 litros de álcool neutro ou de cereais (antisséptico e cicatrizante). Em fricções, atua sobre o reumatismo;

e) extrato fluido: 0,5 a 2 ml/dia; f) tintura: 1 a 10 ml/dia; g) maceração: 50 g de flores em 1 litro de água, por 15 dias. Filtrar. Para contusões: passar no local um pouco do líquido, para aliviar as dores e desinflamar;

h) óleo: pingar algumas gotas sobre as têmporas e pulsos para aliviar o cansaço; dissolver algumas gotas em água e beber após as refeições: má digestão;

i) compressas: 30 g de flores em 1 litro de água: ação ligeiramente revulsiva;

j) essência de alfazema: colocar um punhado de flores frescas de alfazema em 750 g de azeite e deixar macerar por 20 dias. Filtrar em tecido de linho. Para aliviar cansaço, pingar algumas gotas desse óleo sobre um torrão de açúcar, dissolvendo-o lentamente na boca e pingar algumas gotas sobre as têmporas e os pulsos.

Propriedades medicinais

Analgésica, antianêmica, antiasmática, anticonvulsiva, antidepressiva, antiemética, antiespasmódica, anti-inflamatória, antileucorreica, antimicrobiana, antiperspirante, antirreumática, antisséptica, aromática, aromatizante do cabelo, béquica, calmante suave, calmante dos nervos, carminativa, cicatrizante, colagoga, descongestionante, desodorante, diaforética, digestiva, diurética, emenagoga, estimulante da circulação periférica, estimulante mental, excitante do sistema nervoso, hipnagoga, indutora do sono, oftálmica, parasiticida capilar, peitoral, purificante, refrescante, relaxante muscular, repelente de insetos, rubefasciente, sedativa, sudorífica, tônica capilar, tônica do estômago, tônica dos nervos, vermífuga.

Princípios ativos

Taninos , cumarina, princípio amargo, saponinas e óleo volátil (linalol), com o perfume característico de alfazema.

Contraindicações | Cuidados

Em doses altas pode ser depressiva do sistema nervoso, causando sonolência.

Efeitos colaterais : A lavanda e o óleo de lavandina não são irritantes nem sensibilizantes à pele humana.

Precauções : A lavanda causa sonolência. 3 relatórios descrevem casos de dermatite de contato alérgica causada pelo óleo essencial e a fragrância da lavanda.

Toxicologia : Em doses altas pode ser depressiva do sistema nervoso, causando sonolência.

Farmacologia

Ansiedade, irritabilidade, dores de cabeça : Ansiedade e tensão são palavras-chave para a alfazema, cujas propriedades calmantes acalmam a hiperatividade nervosa, dores de cabeça ligadas ao stress e enxaquecas. E possível que reduza o risco de ataques e convulsões. Conjuga-se bem com o alecrim (Rosmarinus oficinalis) para aliviar o esgotamento nervoso e melhorar a circulação. Com uma ação sedativa ligeira e uma ação antidepressiva, é adequada para quando o desânimo e a falta de vitalidade resultam de um período prolongado de preocupação ou atividade excessiva.

Dificuldade em dormir : Quer seja usada em óleo essencial (algumas gotas num queimador ou usadas numa massagem), em flores secas (numa almofada de ervas), ou em tintura (uma colher de chá antes de deitar), a alfazema melhora a qualidade do sono. Conjuga-se bem com outros remédios naturais para dormir, como a passiflora (Passiftora incarnata) e a cidreira (Melissa officinalis).

Alívio de dores localizadas e relaxamento : Pode aplicar óleo de alfazema na pele em quase todas as situações que impliquem dor. Use-o para massajar feridas de herpes, articulações reumáticas, a bochecha sobrejacente a um dente que dói. ou a testa e as fontes para a enxaqueca. Enfiar um pedaço de algodão com umas gotas de óleo no ouvido alivia dores de ouvidos ligeiras. A tintura e a tisana têm uma ação sistêmica, ajudando a relaxar , músculos tensos e doridos. Nas dores menstruais, tomar a tintura ou a tisana e massajar o baixo-ventre com o óleo pode dar alívio rapidamente.

Dosagem

O chá das flores é muito usado no combate à dor de cabeça e nevralgias. É indicada ainda nos casos de insônia, bronquite crônica, asma brônquica, astenia, vertigens, cólicas, flatulência, dispepsia, inapetência e nervosismo. O chá de alfazema, alivia problemas digestivos e de mau hálito.

História | Origem | Plantio | Habitat

A lavanda é usada na medicina popular há muito tempo e sob várias condições médicas, que variam da acne à enxaqueca. O óleo essencial da lavanda (do latim "lavare", "lavar") já era utilizado pelos romanos para lavar roupa, tomar banho, aromatizar ambientes e como produto curativo.

De acordo com a história, ela foi inicialmente batizada pelos gregos com o nome de "nardus", em alusão à sua origem ligada a Naarda, uma cidadezinha na Síria, perto da região do Rio Eufrates. Sua fama espalhou-se rapidamente pela Europa e foi ela a principal precursora do desenvolvimento e da expansão da arte da perfumaria e cosmética.

Multiplicação: por sementes e estacas (mudas); sendo muito exigente quanto ao solo.
Cultivo: planta de clima subtropical. Planta-se as mudas em solos ricos em húmus, porém, com pouca umidade. O espaçamento ideal é de 50 cm por 1 m;
Colheita: retira-se as espigas quando as flores se abrirem. As folhas também são colhidas, na época da floração.
Conservação : As espigas e as folhas devem ser secas à sombra e em local ventilado, acondicionando-as em sacos de papel bem fechados, ou ainda produzindo farelo das folhas secas e acondicionando-o em pote de vidro hermeticamente fechado.

São originarias da região mediterrânea, porém lavandas nativas são encontradas nas Ilhas Canárias, norte e oeste da África, sul da Europa, Arábia e Índia. Atualmente os maiores produtores de lavanda são a Bulgária, França, Grã-Bretanha, Austrália e Rússia.

Família

  • Lamiaceae

Outras informações

Posologia: As folhas e as flores frescas são aplicadas à testa para aliviar dores de cabeça. As flores vaporizadas (geralmente 1 xícara cobre toda a articulação) em cataplasmas nas articulações. Útil para tratar a dor reumática. O vapor das flores é nos resfriados. 1g de flores secas ou 2g de flores frescas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em decoto leve ou infuso, para uso interno em todas as indicações. O óleo essencial e os extratos de lavanda são usados como fragrâncias farmacêuticas e em cosméticos. O óleo de lavandina, o óleo absoluto de lavanda (um extrato) e o óleo de Lavandula latifolia são usados em concentrações de até 1,2% em perfumes. Pequenas quantidades (0,002 a 0,004%) do óleo são usadas para dar sabor a alimentos; A versatilidade da lavanda é observada nas suas várias aplicações como uma fragrância em perfumes, em produtos de banho, em produtos de cuidados com cabelos, nos sabonetes, em
detergentes, em formulações tópicas e em derivados sintéticos e quantidade de produção.

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