Jurubeba Verdadeira (Solanum paniculatum)
Planta medicinal comum em quase todo o Brasil, a infusão do seu caule e da sua raiz em álcool de cana é popularmente utilizada como digestivo e conhecida Jurubeba Leão do Norte.
Da família das Solanaceae, também conhecida como juribeba, juribebe, juripeba, jubeba, jupeba, jurubeba-branca,jurubeba-verdadeira, jurubebinha, jurupeba, jurumbeba, juvena, juuna,jurubeba (inglês, espanhol, francês), giurubeba . Arbusto de até 3 metros de altura, apresentando espinhos curvos no tronco e nos ramos.
As folhas são alternas, pecioladas e inteiras, lisas na parte superior e com minúsculos acúleos brancos na parte inferior. As inflorescências nascem nas laterais dos ramos ou em suas extremidades, formando belos buquê de coloração branca até a azulada ou roxa, com estames porosos, de cor amarela.
Os frutos são bagas arredondadas, contendo muitas sementes. A planta toda apresenta um sabor muito amargo. Reproduz-se por sementes ou pelos brotos que nascem nas raízes laterais, que se propagam horizontalmente sob o solo, e que vão a vários metros da planta-mãe.
Prefere solos arenoso, e por ser uma planta muito resistente, não necessita de muitos cuidados para o seu cultivo. Medra principalmente em pastagens, lavouras perenes, beiras de estrada, pomares e terrenos baldios. As folhas podem ser colhidas durante todo o ano, mas de preferências, na florada que ocorre no verão. As raízes são coloradas na época em que a planta floresce.
Partes utilizadas
Raízes, folhas, flores, frutos.
Indicações
Abcessos internos, acidez da secreção gástrica, anemia ferropriva, anorexia, atonia gástrica, azia, bronquite, catarro na bexiga, cicatrização de mucosa, cistite, contusão, debilidade, diabete, dispepsia, ingurgitamento do fígado e do baço, estômago, erisipela, febre intermitente, feridas, gastrite e úlcera péptica, gripe, hepatite, hepatoesplenomegalia, hepatopatia crônica, icterícia, impaludismo, inapetência, malária, náusea, reduzir acidez da secreção gástrica, síndrome pós-hepatite, tosse, tumores abdominais e uterinos, úlcera.
Uso pediátrico: Inapetência, anemias e hepatite:
Uso na gestação e na amamentação: Não há teratoxidade, efeitos sobre a fertilidade ou nidação do ovo em cobaias. Deve ser evitada durante a amamentação.
Modo de usar
Modo de usar:
- Infusão de 2 colheres de sopa de folhas, frutos ou flores em um litro de água. Tomar 3 xícaras de chá morno, sem açúcar, por dia: afecções hepáticas, febres, debilidade em geral;
- Suco das raízes ou frutos: cistite, anemia, tumores, abcessos internos; - cataplasmas das folhas, uso externo: feridas e úlceras; - suco dos frutos com mel de abelha: diurético, bronquite, tosse;
- Suco ou infusão das folhas. uso local: contusões, úlceras, tumores, erisipela; . uso interno: fígado, hepatite, icterícia, debilidade, febres
- Decocção da raiz: diabete, prisão de ventre, dispepsias atônicas, inflamação do baço;
- Maceração de 4 g de folhas ou frutos verdes em um copo de água fria;
- Maceração de 20 g de folhas ou frutos verdes em vinho branco; infusão: 2 colheres de sopa de folhas ou flores ou frutos picados para 1 litro de água fervente.
Afecções do fígado, icterícia, hepatite e insuficiência hepática; atonias gástricas; vesícula preguiçosa; inflamação do baço : coloque 1 colher de chá de raiz, finalmente picada, em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos, espere amornar e coe. Tome 1 xícara de chá, 3 vezes ao dia.
Afecções do fígado, hepatite e insuficiência hepática; atonias gástricas; vesícula preguiçosa; inflamação do baço : coloque 1 colher de chá de raiz, finamente picada, em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos, espere amornar e coe. Tome 1 xícara de chá, 3 vezes ao dia.
Cicatrizante de feridas; úlceras; pruridos; contusões : coloque 1 colher de sopa de folhas cortadas em pedaços bem pequenos em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe ferver por 10 minutos e coe. Aplique nas partes lesadas com um agaze. Pode ser utilizado também, morno, para gargarejos.
Anemias; febres intermitentes; convalescença de doenças infecciosas : coloque 4 colheres de sopa de raiz, finamente picadas, em 1 garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por 8 dias e coe. Tome 1 cálice, antes das principais refeições.
Propriedades medicinais
Anti-inflamatória, carminativa, colagoga, descongestionante, digestiva, diurética, emenagoga, estomáquica, febrífuga, hepatoprotetora, hepatotônico, tônica. - raízes e frutos são antidiabéticos, aperientes, desobstruentes, colagogos, antianêmicos, diuréticos, febrífugos, anti-hidrópicos, antidispépticos, amargos e tônicos; aperiente, cicatrizante, colagogo, depurativo do sangue, desobstruente do fígado e do baço, digestivo, diurético, estimulante, laxante, tônico.
Princípios ativos
Alcaloides (solamina, solanidina, solasodina), esteróides nitrogenados, saponinas, esteroidais nitrogenados (paniculina, jurubina), agliconas (isojurubibina, isopaniculidina, isojurupidina e jurubidina), ácidos graxos, ácidos orgânicos, glicosídeos (paniculoninas A e B), mucilagens, resinas (juribina e jurubepina), princípios amargos.
Contraindicações | Cuidados
Não utilizar por período prolongado devido aos alcaloides e esteróides, que podem provocar intoxicação. Sinais de toxidade: diarreia, duodenite erosiva, elevação das enzimas hepáticas, gastrite, náuseas, sintomas neurológicos, vômitos.
Evitar o Uso prolongado pela alta concentração de alcaloides e esteróides
História | Origem | Plantio | Habitat
América tropical, medrando desde os limites das Guianas até São Paulo e Minas Gerais.
Plantio : Multiplicação: sementes e estacas da raiz;
Cultivo: Não é exigente em solos. Planta-se na primavera em terrenos preparados e adubados com húmus. O espaçamento preferido é o de 2 metros entre plantas.
Colheita: os frutos são colhidos no outono e as raízes e folhas o ano todo.
Família
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Solanaceae