Hissopo (Hyssopus officinalis)

  • Bronquite

Planta da família das labiadas,(TAVARES,59) também conhecida como erva sagrada e hissopo das farmácias.

O hissopo á uma planta perene, com um caule central herbáceo pode chegar a até 60 cm de altura.

Folhas finas e pontiagudas, sésseis.

As flores tubulares azuis e pequenas, crescendo das axilas superiores da folha.

A fruta contém quatro pequenas castanhas, cada uma contendo uma semente.

O hissopo e bastante similar em aparência a outros membros da família da menta. A planta e seu óleo volátil possuem aroma forte parecido com o odor característico da cânfora(DEL MEDICO,48).

De entre os remédios mais divulgados em medicina popular, o hissopo era utilizado para tratar a asma e as afecções brônquicas e pulmonares.

É cultivado à escala industrial para uso farmacêutico. Serve ainda para aromatizar licores e aperitivos e, em cosmética, para preparar uma loção refrescante para as pálpebras e tonificante para a pele. Com 17 outras plantas, faz parte da composição do chá-suíco.

Partes utilizadas

Folhas, rizomas, casca e frutos.

Indicações

Asma, bronquite, tosse, rouquidão.

  • Indicações específicas: Bronquite

Modo de usar

Infusão em água, à razão de 2 por 100, sendo recomendado tomar apenas duas ou três xícaras por dia. Em uso externo, o hissopo tem virtudes tônicas e resolutivas, servindo de gargarejos nas diversas afecções da garganta. Em aplicação quentes é usado para resolver equimoses e torceduras.

Propriedades medicinais

Antiespasmódico, aperitiente, carminativo, depurativo, expectorante.

Princípios ativos

Óleo volátil: Pinocamfona, isopinocamfona, a e B-pineno, canfeno, a - terpineno. Glicosídeos: his-sopina, hesperidina; Flavonoide: diosmina; taninos ; Ácidos: oleanólico, ursólico, rosmarínlco, hidroxicinâmico,cafeico; B-sitosterol, marrubina; Resinas. Outros componentes: pinocamfeol, cineolo, linalool, terpineol, acetato de terpinil, acetato de bornil, cisácido pínico, ácido pinónico, ácido mirténico, éter metílico de mirtenol, hidróxido de isopinocamfona, mirtenato metílico, cadineno; Mais de 50 compostos identificados.

Farmacologia

Um estudo demonstrou que extratos da folha seca da Hyssopus officinalis exibem uma atividade antiviral forte contra o vírus do HIV, provavelmente devido ao ácido cafeico, aos taninos e a presença de compostos de peso molecular alto não identificados.

Recentemente um outro estudo encontrou uma atividade anti-HIV aonde um polissacarídeo isolado do hissopo inibiu a replicação do vírus HIV-1.

Ambos os estudos sugerem que esta atividade pode ser útil no tratamento de pacientes com AIDS. O hissopo e ainda hoje usado por herbalistas, devido aos seus efeitos benéficos.

O áleo volátil do hissopo representa a fração a mais importante desta planta. O óleo pode ter um efeito benéfico pequeno no tratamento de dores de garganta e como expectorante. O óleo de hissopo é usado como fragrância em perfumes e sabonetes. Estudos dermatológicos em animais e seres humanos concluíram que o hissopo não e irritante a pele.

História | Origem | Plantio | Habitat

O hissopo tem sido usado por séculos na medicina fitoterápica. Há inúmeras referências bíblicas do uso de uma planta chamada "hissopo"; O uso antigo principal desta planta era como um inseticida, um repelente de insetos e um pediculicida; Os extratos da planta são usados em perfumes e para dar sabor a licores, molhos, pudins e balas.

A Sagrada Escritura, rica em alegorias e imitada neste aspecto por numerosos escritores clássicos, cita frequentemente o hissopo.

Não há a certeza, porém, de que a espécie lendária, conhecida e apreciada pelo rei Salomão, seja o Hyssopus officinalis L., pois este não existe na Palestina nem na Grécia.

No entanto, seria agradável imaginar que esta discreta e bela planta, cujas densas moitas perfumam as fendas das velhas paredes expostas ao sol e são extremamente atraentes para as abelhas nas colinas áridas, tenha sido outrora tão venerada.

Família

  • Labiadas

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