Arroz (Oryza sativa)
Planta da família das Poaceae. Erva anual, de caule oco, folhoso e ereto, pode atingir 1 m. As raízes compactas normalmente são submersas.
As folhas finas, lineares, em formato de bainha, têm 60cm de comprimento por 1,5cm de largura e têm uma barba sedosa ciliada na base. A inflorescência terminal é uma espiga com espiguilhas de uma única flor.
O fruto é uma ariopse branca ou levemente escura, comprimidas lateralmente e cobertas por casca com seios protuberantes, chamadas "palha-de-arroz" e entre o fruto e a casca encontra-se o gérmen.
Partes utilizadas
Sementes
Indicações
Digestão lenta, doenças gastrointestinais, anorexia,arreia crônica; hipoglicemiante; Insônia: como calmara, febres, sudorese noturna ou espontânea.
Modo de usar
Posologia:
Adultos: 10g de sementes em decocção até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12h. O decocto, em quantidades maiores, e com cozimento mais longo, resulta numa papa que (após) depois de filtrada pode ser usada em lavagens intestinais; O pó obtido da evaporação da água da lavagem, o "pó-de-arroz" é cosmético e refrescante; O melhor arroz é o chamado japonês, maior glutinoso.
Crianças: 1 /3da dose.
Propriedades medicinais
Antioxidante, emoliente, esfoliativa, adstringente refrescante.
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Emolientes
Princípios ativos
Amido; Proteínas: prolamina, albumina, globulina, glutelina; Óleo leve: ácido linolênico; Polissacarídeo solúvel: galactoarbinoxilano; Mono e oligossacarídeos: glicose, frutose sacarose; flavonoides: trictina, tricina, tricinina; Esteróides: campesterol, alfa-sitosterol, gama-sitosterol; Di-terpenos: momilactona A, momilactona B; Trogomelina; Inibidores da tripsina; Lecitina; Vitaminas do complexo B.
Farmacologia
O arroz mostrou-se eficácia no alívio da dor e como sedativo do trato gastrointestinal.
História | Origem | Plantio | Habitat
Além de comida presente na maioria dos pratos do Brasil e do mundo, o arroz também possui características medicinais, servindo para problemas de digestão lenta, sudorese e insônia.
Habitat: Presume-se que seja nativo da China e índia, é cultivado em todo o país.
História: Faz parte da Farmacopeia Indiana e Aiurvédica. Mundialmente cultivado e utilizado como alimento. Desconhecido dos indígenas brasileiros, foi trazido pelos portugueses, que adquiriram esse hábito dos mouros.
No Brasil, há relatos do século XVIII, onde aparece associado a dietas com carne, nos menus da família real. (SOARES, 257)
Família
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Poaceaes
Referências
CASCUDO, Luís Câmara., História da alimentação no Brasil., Global Editora e Distribuidora Ltda, 2017.
BATISTUZZO, José Antônio de Oliveira., Masayuki Itaya, Yukiko Eto., Formulário Médico Farmacêutico, 4. Edição.Pharmabooks.
SOARES, Carmen, Coutinho de Macedo., Ensaio sobre o patrimônio alimentar luso-brasileiro. Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press, 2014.