Andiroba (Garapa guianensis)
Planta da família das meliacea, também conhecida como andiroba suruba, iandiroba, garapa, carapá, cedro-macho, mogno bastardo.
Árvore tropical de mais de 40 m de altura. Como pertence à mesma família do Mogno, é Chamada de mogno-bastardo.
Cresce selvagem em toda a floresta Amazônica, em solos ricos, pântanos, áreas inundáveis e terras altas.
Hoje é cultivada no Tocantins, Rio Solimões, no litoral de região e Ilhas do Solimões.
É uma das árvores tropicais mais folhosas e pode ser reconhecida de longe pelo tamanho e texturas de suas folhas; Suas folhas são grandes, imparipenadas com numerosos folíolos; Produz uma noz marrom, lenhosa, com tetralobada com várias sementes, muito ricas em óleo amarelo claro.
Uma árvore dá cerca de 200Kg/ano de sementes que produzem mais de 50 litros de óleo.
O odor é leve e o sabor amargo.
Partes utilizadas
Casca, fogo e óleo das sementes.
Indicações
Afecções da pele: inchaços, feridas, vermelhidão, psoríase, fungos, parasitoses, dermatite, brotoejas, anti-inflamatória, relaxante muscular, bactericida; Picada de insetos; Repelente de insetos; Anticancerígena para câncer de pele; Febrífuga; Vermífuga. Emoliente e hidratante para a pele.
Modo de usar
Adultos: Para picadas de insetos, afecções da pele, edema de músculos e articulações - uso do óleo topicamente, à vontade e várias vezes ao dia. Para dores de ouvido, pingar 2 gotas em cada canal.
No uso interno a dose é de 2 ml diluídos em 1 xícara de água quente, 2 a 3 vezes ao dia.
Este mesmo preparado pode ser usado em gargarejes em gargantas inchadas.
6g de cascas frescas ou 3g de cascas secas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em decoto para vermes intestinais e febres. 4g de folhas frescas ou 2g de folhas secas (1 colher de sopa para cada xícara de água), misturadas ou não a cascas para compressas nas afecções cutâneas. Banhos
Infuso concentrado: Encontrada em shampoos, loções, cremes e géis de 2 a 5%.
Crianças: Tomam de 1 /6 até 1/2 da dose.
Propriedades medicinais
Analgésico, adstringente e anti-inflamatório, também é relaxante muscular e vermífugo.
Princípios ativos
Ácidos graxos: ácidos - oleico, palmítico, esteárico e linoleico (+ de 9%); Terpenos: meliacinas (princípio amargo), a principal é a gedunina; Limonoides: andirobina, epoxiazadiradiona; Principais componentes: andirobina, ácido arachidico acetoxi-gedunina, epoxiazadiradiona, deacetoxigedunina, hidroxilge-dunina, gedunina, ácidos hexadecenoico, linoleico, linolênico, oleico, palmitico, palmitoleico e esteárico, crisosofanolantrona, éter dehidroemodino antrona monometilico e éter emodino antrona monometilico.
História | Origem | Plantio | Habitat
A andiroba é uma árvore da floresta, da mesma família do mogno, e é também conhecida como mogno brasileiro, tem múltiplas indicações, em grande parte devido às suas propriedades anti-inflamatórias.
Habitat: Planta nativa da Amazônia brasileira.
História: A madeira da Andiroba é macia, durável e muito visada pelas serrarias. Muitos carregamentos foram despachados para os EE.UU para a indústria moveleira, principalmente.
Sua durabilidade e impalatabilidade para os insetos garantiram a sua demanda comercial que causou sua devastação perto das maiores cidades na Amazônia.
Mas ela pode ser cultivada facilmente tanto na Amazônia quanto em outras regiões brasileiras.
O óleo de andiroba é um dos principais produtos sustentáveis da Amazônia, com longa tradição de uso na América do sul e bom valor comercial, e é um dos remédios naturais mais difundidos no mundo, faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS - Sistema Único de Saúde.
Os índios da Amazônia têm usado a Andiroba por séculos, todas as partes da árvore e o óleo.
A tribo Munduruku a usava para a mumificação de cabeças e as outras tribos como medicamento para diversas enfermidades; Por volta de 1800 a iluminação pública de Belém era feita com óleo de Andiroba.
Os caboclos da floresta também têm empregado o óleo de Andiroba ao longo dos séculos. Seu uso como repelente e em fitocosmética é comum em todo o país e já ultrapassou nossa fronteira. E ainda utilizado em movelaria.
Família
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Meliaceae
Referências
SHANLEY, Patricia, Gabriel Medina - Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica - CIFOR, 2005.
SILVA, Silvestre, Árvores Nativas do Brasil - Volume 1 - Biblioteca Natureza - Editora Europa, 2013.
ZARIN, Daniel, Florestas Produtivas nos Neotrópicos, conservação por meio do manejo sustentável., Pireópolis, 2005.