Azedeira (Rumex acetosa)

  • Refrigerante

Planta da família das gonáceas, é um arbusto vivaz, de caule fistuloso, ereto, estriado e frequentemente avermelhado, com até 80 centímetros de altura.

Suas folhas são um pouco glaucas na página inferior, carnosas, sendo as inferiores pecioladas, oblongas ou ovais, sagitadas, com aurículas acuminadas e dirigidas para baixo, quase paralelamente ao pecíolo, que é muito comprido e canaliculado, e as superiores sésseis e ampte-xicales, bainha inciso dentada ou laciniada, amarela, suas flores, avermelhadas, pequenas, dispostas em panículas terminas e laterais.

Seu fruto é como cápsula lisa e escura.

As folhas e as partes floridas produzem um corante amarelo esverdeado.

A raiz fornece material corante vermelho.

As sementes de formato triangular. As sementes são luzidias, pequenas e de cor parda.

Suas folhas são comestíveis e seu suco é refrigerante, antisséptico e antiescorbútico.

Sua raiz é antidiarreica, muito eficiente e ainda fornece matéria tintorial de cor vermelha.

Existem diversas variedades da planta. Dentre elas destacam-se a Loura Monstruosa, com folhas de 30 cm de comprimento e 20cm de largura, Lyon, de folhas verde claras e mais largas, a Belleville, que é a mais cultivada no Brasil, serve para "espinafre" e para sopas.

Indicações

Segundo Pio Corrêa, é uma planta acidulante, refrigerante e neutralizadora da ação de substâncias purgativas e acres. No estado fresco encerra 41% de ácido silícico, 17% de cal, 15% de potassa, 5% de ácido fosfórico e em quantidades menores pela ordem em que vão sendo mencionadas, magnésia, alumina, soda, óxido de ferro, cloro, ácido sulfúrico e óxido de manganês.

Além de seu valor como alimento em saladas, caldos, etc. é refrescante e muito depurativo. Na medicina atual suas folhas frescas e cruas são utilizadas em casos de falta de apetite, casos de retenção de urina e como depurativo do sangue. As sementes são utilizadas para combater eczemas crônicos e verminoses.

A decocção das folhas e da raiz é antiescorbútica e diurética, sendo empregada com este último objetivo nas afecções biliosas e inflamatórias. As suas raízes podem ser utilizadas como laxante por conter antraquinonas em sua composição.

O sabor amargo é devido à quantidade de ácido oxálico que possui, que limita sua utilização. P

ara uso externo, uma máscara facial pode ser feita, picando finamente suas folhas sendo assim um excelente descongestionante.

O chá feito com a erva seca pode ser utilizada interna ou externamente para problemas de pele.

Um vinho cozido com a azedinha pode ser um remédio barato para dores do abdômen.

O suco pode ser utilizado para tratar deficiências em vitaminas. Porém seu uso deve ser restrito e moderado, principalmente para pessoas com tendência a formação de cálculos.

  • Indicações específicas: Refrigerante

Modo de usar

Infusão para problemas de pele. Colocar 2 colheres de chá da erva seca com um quarto de litro de água fervente. Deixar abafado por 10 minutos. A dose correta é de duas xícaras ao dia, não passar disso. O restante indevido deve-se utilizar para lavar o local afetado. Diurético

Infusão : verter um litro de água fervendo sobre uma porção de folhas picadas. Repousar 10 minutos. Tomar três calicezinhos ao dia.

Suco: espremer um punhado de folhas frescas até obter seu suco. Tomar 1 colher (sopa) de hora em hora. Chagas, feridas, úlceras: faz-se um cozimento com um punhado de folhas em um litro de água por alguns minutos. Banhar o local. Inchaço e cansaço dos pés e mãos: aplica-se um cataplasma feito com folhas inteiras frescas.

Princípios ativos

Antraquinonas, ácido oxálico e oxalatos (oxalato ácido de potássio), vitamina C, 5% de taninos, substâncias amargas, gordura, açúcar, ferro.

É uma planta acidula, refrigerante e neutralizadora da ação das substâncias acres e purgativas. Quando nova ainda, encerra 41% de ácido salicílico, 17% de cal, 15% de potassa, 5% de ácido fosfórico e, em menores quantidades, contém magnésia, alumina, soda, óxido de ferro, cloro, ácido sulfúrico e óxido de manganês.

Toxicologia

O sabor amargo da azedinha é devido ao conteúdo de ácido oxálico que limita sua utilização. Pessoas com tendência a formação de cálculos oxálicos não devem fazer o consumo desta planta. Não deve ser utilizado por pessoas que tenham artrite, reumatismo e cálculos. Não se deve fazer o uso de suas folhas frescas em grande quantidade, com o risco de intoxicação. Quando a azedinha é escaldada, perde grande parte de seus ácidos oxálicos, tornado-a mais própria para o consumo e diminui assim seu efeito indesejável. O consumo de azedinha em grandes quantidade é problema sério, pois compromete na digestão, a absorção de cálcio pelo organismo, levando a graves enfermidades. Portanto deve-se consumi-la com moderação e de preferência escaldada, com isso diminuindo seus efeitos indesejáveis e aproveitando suas propriedades benéficas. Não deve ser utilizado por pessoas que tenham artrite, reumatismo e cálculos. Mesmo assim seu consumo deve ser moderado, pois seus oxalatos e sais alcalinos podem levar a uma intoxicação. Vômitos, diarreia, dificuldade de engolir e urinar podem ser os efeitos da intoxicação. Portanto cuidado ao consumi-la em grande quantidade.

História | Origem | Plantio | Habitat

Muito conhecida como azedinha, um planta com diversas propriedade nutricionais e medicinais, muito utilizada como condimento em saladas.

Origem : É uma planta originária da Ásia e da Europa. Aclimata-se no entanto com facilidade, principalmente em nosso país. É conhecida também como Azeda-Brava e os s dão-lhe o nome de Acetina. Usada e conhecida no Japão como Sukampo e na Inglaterra chamam-na Sorrel ou Sourdock. Pela quantidade de minerais que encerra, constitui alimento esplêndido e útil à saúde.

História : Pedáneo Dioscórides, médico militar grego do exército de Nero, utilizava suas sementes com água e vinho, para curar problemas de diarreia. As raízes ele as utilizava para dermatites e cozidas com vinho para dores de dentes e ouvidos. Na Idade Média eram utilizadas as raízes como emoliente, para males do fígado e depurativo. Porém na medicina moderna já não é mais utilizada. Mas na medicina popular ainda é muito apreciada. Hoje é empregada na Homeopatia uma tintura que se faz de suas raízes frescas. Uma forte infusão de azedinha remove manchas de linho, vime e prata.

Propriedades : Anemias, erupções cutâneas, falta de apetite, retenção de urina, eczemas crônicos, verminoses, afecções biliosas, dores do abdômen, inchaço, cansaço dos pés e mãos, chagas, feridas, úlceras.

Família

  • Gonáceas

Outras informações

Dica Culinária : Utilizado em sopas, também como saladas. Para o consumo são mais apropriadas as folhas e brotos tenros antes da floração.

O seu sabor ácido empresta às saladas sabor muito agradável.

Não se deve cozinhar a azedinha em panelas de alumínio. Esta regra também vale para o espinafre. Cozinha-se a azedinha como o espinafre, adicionando ovos batidos e manteigas.

Uma sopa deliciosa pode-se fazer com a azedinha, fritando o alho em óleo e adicionando em seguida fubá. Ao dourar um pouco o fubá , acrescenta-se água e deixa cozinhar até engrossar o caldo. Ao fervido adicionar a azedinha picada e mexer um pouco.

Uma outra sopa saborosa :

• 2 porções de azedinha picada

• 1/4 copo pequeno de manteiga

• 6 copos de caldo de carne magro

• 2 gemas

• sal e pimenta a gosto Derreta a manteiga na panela no fogo baixo e frite suavemente a azedinha por 5 minutos. Não deixe que a manteiga escureça e fique marrom.

Assim estraga o sabor. Adicione o caldo de carne e ferva, tirando toda a espuma que se formar na superfície. Tempere. Bata as gemas diretamente no recipiente onde irá ser servida a sopa. E adicione o líquido fervente sobre as gemas bem batidas, batendo vigorosamente com um garfo. Sirva imediatamente com torradas e queijo ralado.

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