Manacá (Brumfelsia hopeana)

  • Antivenéreo

Planta da família das Lolanaceas, também conhecida como mercúrio-vegetal, jeratacá, jeratacaca, cangambá, caá-gamba, eratataca, managá. O Manacá é uma árvore de pequeno porte, raiz lenhosa, cresce até 8 m de altura, tem folhas ovais e flores em geral solitárias. O cálice é tubuloso, campanulado. Os ramos têm medula amarela. Folhas completas, oval alongadas, opostas. O fruto é uma cápsula semilenhosa com inúmeras sementes. É cultivada como ornamental, por seu perfume e beleza de suas flores; Há 2 outras espécies de Brunfélsia, a chiricaspi e a grandiflora que são usadas pelos índios da Colômbia e Equador como alucinógenas.

Partes utilizadas

folhas.

Indicações

Reumatismos e artrites, afecções inflamatórias, dores; tônico e depurativo do sistema linfático, adenites; cólicas menstruais, câimbras; febres, gripes e resfriados; doenças venéreas.

  • Indicações específicas: Antivenéreo

Propriedades medicinais

purgativo, diurético, emenagogo, antivenéreo, enti-sifílico e antirreumático.

Princípios ativos

Raízes: Cumarinas; alcaloides; Lignanas; Sapo-geninas; Partes aéreas: alcaloides; Terpenos; Benzenoides; Lactonas; Lipideos; Os principals componentes são: aescuietina, a-ionona, a-terpineol, benzilbenzoato, benzilsalicilato, B-bisaboleno, 3- ciclocitralbrunfelseno, B-damascenona, (3-eudesmol, B-safranal, brunfelseno, brunfelsamidina, elemol, 2-etilfurano, farnesol, farnesil, geraniol, geranil, hope-anina, iononas, isobutilsaliciiato, lavandulal, limoneno, linalool, acidos linoleico, linolenico, pentadecanotoo, mirfstico, palmi'tjco; manaceina, manacina, mandra-gorina, metilfuranos, metilanisois, mirceno, n-de-cano, n-heneicosano, n-hexadecano, nerolidol, n-heptano, n-decano, n-heptadecano, n-nonadecano, nonanos, n-octano, n-pentacosano, n-pentadecano, neofitadie-no, n-tricosano, ocimeno, pinoresindis, escopoletina, escopoiina, terpinoleno e esteres do ácido salicilico.

Os princípios ativos do Manacá foram descobertos em 1996; Tradicionalmente, a parte da planta utilizada pelos índios da Amazônia e herbalistas do mundo inteiro sempre foi - a raiz que contém entre seus princípios ativos 2 alcaloides, a manacaina e manacina que se acredita serem as responsáveis pela estimulação do sistema linfático.

Contraindicações | Cuidados

Aumento do número de evacuações ou diarreia pastosa em intestinos com tendência. Quadro de sensibilização a salicilatos. Alterações na coagulação sanguínea.

Salivação excessiva, vertigem, anestesia geral, paralisia parcial da face, edema da língua e visão embaçada pode ocorrer no uso de doses acima das indicadas. Caso ocorra, além das medidas usuais para intoxicação, tratamento sintomático e monitoramento de funções deverá ser instituído.

História | Origem | Plantio | Habitat

É usado pela população indígena e ribeirinha dessas regiões há centenas de anos. Seu nome - tupi - faz alusão a uma jovem de rara beleza, Manacán. Seu uso tanto é medicinal quanto mágico. O decocto dessa planta faz parte do Chá Ayahuasca, usado per xamãs e curandeiros; Foi muito usado no tratamento das DST, recebendo per isso o nome de mercúrio-vegetal- inicialmente, o tratamento das doenças venéreas era feito à base de mercúrio.

Família

  • Lolanaceas

Outras informações

Por ser rica em salicilatos, potencializa a ação da aspirina e outros anti-inflamatórios que bloqueiem a ação das prostaglandinas e dos antiadesivos plaquetários; As cumarinas potencializam a ação de medicamentos que diminuem a viscosidade do sangue, como wrafarina e heparina; A escopeletina inibe aMA0, potencializando a medicação usada para este fim; Em qualquer um destes casos, o uso do Manacá deverá ser acompanhado por profissional gabaritado e clínico e, exames laboratoriais devem ser realizados para monitoramento de seus efeitos.

Adultos: 2 a 4ml de tintura divididos em 2 doses diárias, diluídos em água; 19 de raiz seca ou 2g de raiz fresca (1 colher de café para cada xícara de água) em decocto; cápsulas: 1 g 2 vezes ao dia .

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