Oficial da Sala (Asclepias curassavica)
Essa planta do gênero das asclepias possui um látex cáustico, que pode eventualmente ser usado na cicatrização de feridas e para dor de dentes.
Planta da família das Asclepidaceae, também conhecida como algodãozinho-do-campo, algodãozinho-do-mato, camará-bravo, capitão-de-sala, capitão-da-sala, cavalheiro-da-sala, cega-olho, cega-olhos, chibança, dona-joana, erva-de-paina, erva-de-rato, erva-de-satã, erva-leiteira, falsa-erva-de-rato, flor-de-sapo, ipecacuanha-brava, ipecacuanha-das-antilhas, ipecacuanha-falsa, leiterinha, mané-mole, margaridinha, margaridinha-leiteira, mata-olho, paina-de-sapo, paina-de-seda, paininha.
Herbácea anual, de porte baixo, não atingindo além de 1 m de altura.
O caule é ereto, cilíndrico, muito ramoso desde a base.
As folhas são simples, opostas, inteiras, pecioladas e lanceoladas.
As flores são pequenas, de coloração vermelha e amarela, reunidas em inflorescências axilares do tipo umbela, com brácteas.
O fruto é uma cápsula fusiforme com aproximadamente 8 cm de comprimento, contendo várias sementes marrons.
Partes utilizadas
Folhas, raízes, látex.
Indicações
Utilizada em tratamentos cutâneos, como grânulos na pele, verrugas, infecções cutâneas, sarna, entre outras enfermidades, com uma pomada à base de manteiga e látex da planta.
É usado tradicionalmente em países do centro-sul americanos para tratamento de moléstias dentárias como cáries e dores de dente, aplicando-se látex ou uma semente sobre o local dolorido, esperando que este dente rompa-se para ser removido com maior facilidade e acalmando a dor ao mesmo tempo.
Modo de usar
- Látex: purgativo, emético, tônico cardiovascular, hiposistolia cardíaca, astenia vascular, em doses mínimas; Cauterizar verrugas; sobre uma banana é eficiente raticida.
- Raízes: sudorífica, febrífuga, vermífuga, antiasmática, anti-hemorroidária, antidiarreica, antileucorreica, antiblenorrágica, bernicida, panarício.
- Planta inteira, seca e pulverizada: hemostática.
- Folhas machucadas: cicatrização de feridas.
Propriedades medicinais
Purgativo, emético, tônico cardiovascular, sudorífica, febrífuga, vermífuga, antiasmática, anti-hemorroidária, antidiarreica, antileucorreica, antiblenorrágica, hemostática, bernicida.
Princípios ativos
Asclepiadina e glicosídeos.
Contraindicações | Cuidados
O látex é cáustico, causando sérias inflamações oftálmicas.
A asclepiadina é um veneno convulsivo dos músculos lisos e do coração.
O macerado do caule provoca nos animais de sangue quente parada da respiração, convulsões, arritmia cardíaca e parada cardíaca. A ingestão de 1 g da planta por k g de peso vivo, é suficiente para causar a morte em animais.
Toxicologia
Todas as partes aéreas da planta possuem diversos glicosídeos, dentre eles, a asclepiadina e seu látex fortemente cáustico.
História | Origem | Plantio | Habitat
Difundida em todo o Brasil, se desenvolvendo melhor nas regiões de clima quente. Sua ocorrência é relatada no Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal.
Essa planta cresce geralmente em lugares descampados, proliferando rapidamente e colonizando o ambiente. É bastante comum em pastagens, onde é inconveniente por ser uma planta altamente tóxica para o gado.
É também encontrada em diversos países.
Família
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Asclepidaceae
Referências
Cientistas explicam voo de milhares de quilômetros das borboletas monarcas.
Intoxicação experimental por Asclepias curassavica em bovinos. Dados complementares - Carlos Hubinger Tokarnia, Marilene F. Brito e Bernardo R. M. Cunha.